Advogado diz que filho de ex-prefeito não é investigado
O advogado do filho do ex-prefeito de Itatira afirma que seu cliente não é citado nas investigações da operação Cactus, da Polícia Federal. Já o ex-prefeito se colocou à disposição da Justiça para esclarecimentosO advogado Roberto Alves, que representa o filho do ex-prefeito de Itatira Afonso Botelho (PP), diz que seu cliente não é citado em nenhum momento nas investigações da Operação Cactus. O advogado diz que a Controladoria Geral da União (CGU) tem competência de investigação, mas que o inquérito é responsabilidade da Polícia Federal. “Não tem nenhuma informação que comprometa o filho do ex-prefeito”, diz o advogado, acrescentando que a PF expediu uma certidão garantindo isso.
A Operação Cactus foi desencadeada na última quinta-feira, 21, quando 62 mandados de busca e apreensão foram executados em 20 municípios cearenses e na sede do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).
Mandados foram cumpridos também em outros estados. A PF e a CGU investigam um esquema de desvio de recursos federais que, desde 2008, segundo a PF, desviaria recursos federais destinados aos municípios cearenses por meio de convênios ou emendas parlamentares. O valor investigado é de R$ 48 milhões.
Na última sexta-feira, a CGU divulgou a informação que o líder da suposta quadrilha seria um ex-prefeito do município de Itatira, sem revelar o nome. Disse ainda que as investigações preliminares apontavam enriquecimento desproporcional de supostos integrantes do grupo, citando, sem citar nomes, além do ex-prefeito seu filho e uma assistente.
O POVO de ontem informou que o ex-prefeito de Itatira, Afonso Botelho (PP), é um dos investigados na Operação. A apuração do jornal, no entanto, não identificou participação do filho de Botelho.
DocumentoNa última sexta-feira, 'Afonso Botelho' encaminhou, por meio do advogado Leandro Vasques, um documento à Justiça Federal, no qual se coloca à disposição para prestar esclarecimentos à 11ª Vara. No documento entregue à Justiça, o advogado argumenta que Botelho possui residência fixa e é réu primário e, por isso, não teria motivo para fugir das investigações. O advogado disse ainda que seu cliente em nenhum momento foi chamado a prestar qualquer esclarecimento à Polícia, só tomando conhecimento das denúncias durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão na última quinta-feira, 21.
ENTENDA A NOTÍCIA
Deflagrada na última quinta-feira, 21, a operação Cactus, executada pela PF e pela CGU, investiga uma suposta organização criminosa que estaria atuando desde 2008 no desvio de recursos federais destinados a municípios