A Procuradoria da República recentemente pediu à Justiça Federal o bloqueio do patrimônio de algumas das maiores empreiteiras do Brasil, envolvidas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. De acordo com a linha de investigação do Ministério Público Federal, "há pelo menos 15 anos o esquema criminoso atuava na Petrobras". A procuradoria afirma que, antes mesmo do engenheiro Paulo Roberto Costa assumir a Diretoria de Abastecimento da estatal, no primeiro governo Lula (2004), as empresas de construção já organizavam esquemas de desvio de recursos. Nesta terça-feira (18), o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo na primeira instância, determinou a quebra do sigilo bancário de 15 dos 23 presos na sétima etapa da operação da PF. O magistrado também ordenou que a autoridade monetária envie à Justiça Federal do Paraná os dados bancários do lobista Fernando Soares, conhecido como "Fernando Baiano", apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção que atuava na Petrobras. "Muito embora não seja possível dimensionar o valor total do dano é possível afirmar que o esquema criminoso atuava há pelo menos 15 anos na Petrobrás, pelo que a medida proposta (sequestro patrimonial das empresas) ora intentada não se mostra excessiva", afirma o Ministério Público Federal na sustentação. O pedido foi subscrito pelo procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima e pelos procuradores Diogo Castor de Mattos e Roberson Henrique Pozzobon.(C.Imparcial)
